segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Nada melhor pra fazer


São exatamente 3:57 da madrugada de uma segunda feira e aqui estou. Notebook no colo, sono nas pálpebras, frio nos braços não cobertos, dúvidas amargas, e uma certeza que, apesar de nada dizer, alimenta minha vontade de acordar cedo amanhã e fazer algo além de pensar o dia inteiro nas infinitas possibilidades sexuais de um jovem de 22 anos.

As dúvidas na minha cabeça dariam pra escrever pelo resto da vida, mas a eminente certeza com que me confronto é a de que a vida é muito mais que um amontoado de coincidências. Não pode ser tudo obra do acaso, nem que o acaso seja um grande artista.

Não estou com fome, mas com vontade de comer. Se comer agora vou demorar muito pra conseguir dormir, se conseguir. E se conseguir a probabilidade desse sono não ser dos melhores será maior do que é no momento.

Sempre gostei de biografias. Elas mexem comigo. Talvez por serem mais próximas da verdade. Sempre que leio algo interessante num auto-biografia, passo alguns minutos olhando a foto do autor e imaginando como deve ter sido viver aquilo.

Eu devia fazer aulas de inglês, ainda não é tarde pra isso.

Muitas vezes me pego sentindo vergonha por achar que eu sou o centro do universo, mas na verdade eu sou, do meu. É tudo uma questão de ponto de vista. E meu ponto de vista sobre a minha própria existência é com certeza bem diferente do o de qualquer outra pessoa, por melhor que ela me conheça.

Toda vez que você abre os olhos você vê o próprio nariz. Já pensou nisso? (Isto é. Se você tiver um...)

Estou com uma leve impressão de que o sono vai me vencer dentro de alguns minutos. Isso é bom, considerando que tive problemas para obtê-lo a semana toda.

Talvez Deus me conceda um sonho para eu ter algo realmente relevante para escrever. Se não, amanhã tem mais baboseira pra quem não tiver nada melhor pra fazer além de ler o que eu tenho a dizer (Se é que eu tenho...).



P.Mello